quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Felicidade


A ambição pela felicidade é, em menor ou maior grau, sentida por cada ser humano. Quando somos crianças, e até na adolescência, sentimo-nos invencíveis, com energia suficiente para enfrentar os maiores percalços e esperançosos de que "o sol voltará a nascer" e que os ciclos novos que a vida nos apresenta nada mais são do que o começo de uma trajetória com certeza mais feliz do que a anterior. Na medida em que vamos nos tornando mais velhos, a esperança e a disposição pelo recomeço tendem a arrefecer. Tornamo-nos mais céticos, cínicos e pragmáticos. Utopias e inconsequências sãs parecem não ter mais lugar em nossas mentes e, por vezes, incorremos no erro do conformismo covarde e confortável. Resta conscientizarmo-nos de que a idade não é uma barreira aos sonhos e realizações. De que a inércia da alma é mais prejudicial do que a do corpo. De que ela é resultado do livre arbítrio humano e não de um pretenso rumo natural. A possibilidade de renovação é infinita e bebe numa fonte inesgotável de maravilhas sedutoras e perturbadoras. Desfrutar do ato de beber desta fonte nada mais é do que o resultado da "malfadada" experiência, pois a sabedoria acumulada nos mostra atalhos e nos ajuda a rever erros e enfrentar o futuro.