terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Genocídio na Faixa de Gaza

O argumento de Israel de que a ação injustificável do Hamas de lançar foguetes e morteiros sobre o território israelense é a grande responsável por sua reação militar dos últimos dias, se assemelha ao do lutador profissional de vale-tudo que, agredido na noite com um tapa por um valentão leigo em artes marciais, resolve reagir utilizando todos os seus recursos e habilidades, mandando o brigão para um CTI de hospital. É pena constatar que, em meio às reações de repúdio de toda a comunidade internacional, novamente Washington presta solidariedade à Israel. Enquanto se sentir respaldado moralmente pelos Estados Unidos para fazer o que bem quiser, Israel continuará agindo à margem das leis internacionais. Israel sabe muito bem que jamais receberá uma condenação real do Conselho de Segurança da ONU, pois os Estados Unidos, utilizando seu poder de veto, impedirão qualquer tentativa do organismo de impor sanções efetivas de caráter comercial e militar às suas ações absurdas. Alguém consegue imaginar uma força de paz da ONU na região da faixa de Gaza e da Cisjordânia? É fato: Israel age como um "protetorado" americano numa área estratégica do ponto de vista geopolítico e econômico para a grande potência militar do planeta. Diante desta constação, soa fraco o velho argumento da soberania ameaçada. Resta o que já sabemos: força imperial e hipocresia.

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