sábado, 19 de junho de 2010

Minha irmã


Quando minha irmã nasceu, eu tinha um pouco menos de 10 anos de idade. Filho único, "reizinho" absoluto durante esse tempo, surpreendi-me com a chegada daquele "serzinho" em casa já tomando conta do seu espaço.

Os anos passaram e a diferença de idade, se nunca nos impediu de nos amarmos, dificultou sim uma proximidade maior, que só é possível entre pessoas de geração mais próxima ou da mesma geração.

Arvorei-me algumas vezes em "segundo pai" ou "mais experiente". Quis muitas vezes que seu temperamento tão diferente do meu fosse um pouco mais parecido - afinal de contas somos irmãos, não somos?

Não demorou muito para me me desse conta que o que eu entendia por "diferente" era, na realidade, diferente não só para mim, mas para a esmagadora maioria das pessoas. O carisma, a bondade, a alegria e a generosidade que lhe são inerentes tornam-a um polo inesgotável de atração de afetos. O rastro de amizades que deixa por onde passa ensina-me muito sobre as qualidades do desprendimento e da dedicação aos outros. Minha irmã é uma pessoa especial não por ser melhor ou pior do que ninguém, mas simplesmente por ser quem é.

A vida trouxe-me situações em que sua presença e intervenções foram vitais. Hoje, diferenças são o que menos importa. Aliás, de nada mais importam. O que vale é nosso afeto e cumplicidade, eternos. Beijo maninha.

Um comentário:

Ana Bia disse...

Meu irmão pai e grande amigo, te amooo! nao sei nem como agradecer tao lindas palavras! beijos beijos