sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Mortalidade


Acabo de me perturbar um pouco com a descoberta de novos cabelos brancos. A sensação de perenidade, de mortalidade, me inquieta por vezes. Sou muito apegado à minha vida, aos meus familiares e amigos, à minha cidade e aos pequenos prazeres da vida. Gostaria que tudo durasse indefinidamente. Infelizmente, os bons momentos não se repetem a toda hora, muito menos com a intensidade com que os sentimos na juventude. Aprendemos a gozar a vida olhando mais de um ponto de observação, menos participante, e quando temos um filho esta sensação aumenta ainda mais. Não que deixemos de ter alegrias e realizações - sempre as temos -, mas nos regozijamos delas com menos furor e com mais maturidade. Aprendemos também a buscar a paz de espírito e a realização doando algo de nossa experiência a quem possa se interessar por elas. E, assim, vamos cumprindo o inexorável destino que a vida nos impõe, resistindo ao conformismo e cultivando o desapego; desapego da vida e de tudo de bom que ela sempre nos oferece.
(Imagem: capa do álbum "Staring at the Sea. The Singles" da banda inglesa the Cure)

Um comentário:

Gabriela Matarazzo disse...

Oi Carlos!
Sou uma blogueira fanática e encontrei o seu blog por acaso. Adorei!
Ainda sou nova por aqui, sempre pesquisava blogs e resolvi fazer o meu próprio, para expor minhas idéias e ter outras opiniões a respeito das coisas que eu penso. Me formei em jornalismo ano passado, mas ainda não trabalho na área. Isso me deixa um pouco exausta e muitas vezes com vontade de disistir, mas a paixão pela escrita é mais forte. Tudo tem sua hora e to correndo atras para que a minha chegue em breve!
Vou voltar sempre por aqui.

Um bjo pra vc