segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Parceiros Injustiçados


Parcerias costumam render bons frutos no campo das artes em geral. Mas, via de regra, circunstâncias várias contibuem para que um dos parceiros alcance reconhecimento maior do que o outro. Em alguns destes casos, o parceiro "mais famoso" de fato faz jus a um reconhecimento muito maior, por ser reconhecidamente mais talentoso e pelo outro ter se revelado claramente inapto a continuar uma carreira solo, após uma separação. É o caso, por exemplo do 'Wham!', dupla musical formada por George Michael e Andrew Ridgeley, famosa no início dos anos 80. Depois da dissolução da dupla, o primeiro seguiu carreira meteórica e o segundo mergulhou no "limbo" dos esquecidos. Contudo, há situações em que simplesmente a obscuridade de um dos parceiros não tem uma explicação lógica. Simplesmente, parece que a mera sorte contribui para que o reconhecimento - independentemente de sua proporção - seja um privilégio apenas de alguns "eleitos". São muitos os casos. Na música, temos como exemplo as duplas Carlos Gardel/Alfredo le Pera e João de Barro (Braguinha)/Alberto Ribeiro. Os primeiros se tornaram muito mais célebres do que seus parceiros. No futebol, a dupla Pelé/Coutinho notabilizou-se pelas tabelinhas geniais, mas o talento sem limites do "atleta do século" nunca permitiu que se pudesse ter uma dimensão correta da amplitude do talento do seu colega de estripulias no campo. Craque indiscutível, Coutinho acabou nunca conseguindo repetir na seleção o sucesso que teve no Santos. Nas artes plásticas, a genialidade de Rodin quase apagou o brilho próprio de sua díscipula e amada Camille Claudel. Nesses e em outros casos, não se questiona a justiça no reconhecimento dos agraciados (quem vai questionar o talento de Gardel, João de Barro, Pelé ou Rodin?), mas apenas o "quase-exílio" imposto aos seus respectivos parceiros que tiveram o "azar" de terem trabalhado ao lado de grandes gênios.

2 comentários:

Gabriela Matarazzo disse...

Nossa! Se vc não tivesse falado, eu não ia saber q era o George Michael! Irreconhecível!!!
bjossss

Marina Amaral disse...

Interessante!
E concordo com a Gabi, risos...

Boa quinta.
Beijos,
Marina A.