sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Apenas Uma Vez



Quantas vezes nos deparamos com a oportunidade de encontrar “a pessoa”? Algumas jamais encontram, outras têm mais de uma oportunidade na vida e, finalmente, há as que têm apenas uma oportunidade. Esta “pessoa” não vai ser necessariamente quem vai passar o resto da vida ao seu lado ou com quem você conviverá mais. Pode ser um “amor de verão”, de um dia, de uma semana, até de uns poucos minutos. Pode ser uma “transa inesquecível” ou apenas alguém com quem você sente uma sintonia que jamais experimentou antes com outra pessoa, durante breves diálogos numa mesa de bar, e que você acaba jamais encontrando de novo. Mas isso não é o que mais importa em absoluto. O que realmente importa é que a vida reserva a cada um de nós momentos com pessoas – ou com uma pessoa só -, breves ou não, que ficam cimentados nos recantos mais afetivos do coração e que lapidam e enfeitam esta via que chamamos de vida. Nem todos sabem identificar estas oportunidades, mas elas surgem sim, quando menos esperamos. Quem já assistiu à “Antes do Amanhecer” e “Antes do Pôr do Sol” compreende o que estou dizendo. Recentemente, outro filme me tocou fundo, como há muito nenhum conseguia. Vencedor do Festival de Sundance em 2007 e do Oscar de Melhor Música, em 2008, “Apenas uma Vez” (Once, no título original em inglês) é um filme que retrata um destes momentos com que, de repente, qualquer um de nós pode se deparar . Não há como não se deixar levar pela bela história de amor entre o personagem interpretado por Glen Hansard (ator e músico, líder da banda irlandesa The Frames, e responsável pela trilha sonora) e a personagem de Marketa Irglova. Para complementar, Dublin como cenário e músicas que embalam nosso coração de beleza, esperança e otimismo. A bela canção Falling Slowly (a vencedora do Oscar) é uma referência às escolhas que ainda podemos fazer e que só fazem sentido quando nos dispomos a amar, com todas as conseqüências que esta "decisão" encerra. Trata-se de um filme lúdico, singelo, de uma espécie de "alegria triste", que bate direto na porta da alma.

3 comentários:

Anônimo disse...

Disse tanto que espero ter a oportunidade de assistir o filme...
Achei lindo o texto, o que me fez pensar que nunca encontrei "a pessoa". Talvez eu mesma resista a essa espécie de encontro por medo de me decepcionar, mas isso é uma divagação minha... Resisto em acreditar nessas coisas! Hehehe!
Beijo!

Marina Amaral disse...

Adorei a reflexão e acho que seria uma boa personagem para algum desses roteiros... Estou aberta a várias possibilidades e oportunidades que me permitam conhecer coisas novas e viver intensamente a vida!!

Bom fim de semana.
Grande beijo.
Marina Amaral

Gabriela Matarazzo disse...

Adorei a dica, Carlos!!!
Vou assistir e deixar minha opinião aqui!!
Quanto ao assunto de encontrar a pessoa, isso é bem complicado! O problema é quando a gente ja encontrou a pessoa, mas ela não nos encontrou...
Bjossssssss